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Sexo no Trabalho?

Neste artigo contundente, o Dr. Frank Turek relata como foi demitido da Cisco por suas crenças pessoais sobre casamento e comportamento sexual — crenças que jamais expressou no ambiente de trabalho. A partir dessa experiência, ele denuncia a contradição entre os discursos corporativos de "inclusão e diversidade" e a prática de exclusão de quem pensa diferente. Turek questiona até que ponto empresas como a Cisco estão comprometidas com a liberdade de consciência, e mostra como essas políticas, em vez de promoverem respeito mútuo, acabam impondo visões ideológicas específicas. O artigo é um convite à reflexão sobre os limites da tolerância, a coerência nas práticas de recursos humanos e os direitos dos funcionários em ambientes corporativos cada vez mais politizados.

Quando a Inclusão Se Torna Exclusão

Você deve fazer sexo no trabalho? Acho que isso depende de sua profissão, mas para a maioria de nós a resposta é "não". Por que, então, a América corporativa está obcecada com treinamentos sobre sexo?

Conforme descrito em várias colunas recentes de Mike Adams (a partir de 16 de junho de 2011), fui demitido como prestador de serviços pela Cisco por minhas crenças conservadoras sobre sexo e casamento, mesmo nunca tendo expressado essas crenças no trabalho. Quando um gerente homossexual descobriu na Internet que eu havia escrito um livro que evidenciava que manter nossas leis de casamento atuais seria o melhor para a sociedade, ele não conseguiu me tolerar e pediu que eu fosse demitido. Um executivo de RH me demitiu em poucas horas, sem nunca ter falado comigo. Isso aconteceu apesar do fato de que os programas de liderança e formação de equipes que eu conduzia sempre recebiam notas altas (até mesmo do próprio gerente homossexual!).

Como um profissional de RH experiente poderia cometer um ato tão flagrante de discriminação, a menos que a cultura da Cisco estivesse decididamente inclinada para a esquerda? Por que a ênfase e o treinamento incansáveis da Cisco em "inclusão e diversidade" não serviram para evitar isso? Talvez porque “inclusão e diversidade” signifiquem algo diferente para as elites corporativas do que para os americanos comuns. É por isso que o treinamento não evitou o problema, mas na verdade criou um ambiente de intolerância que levou ao problema.

O Que Significa “Inclusão e Diversidade” na Prática?

A diretora de "Inclusão e Diversidade" da Cisco, Marilyn Nagel, teve problemas ao telefone para definir o que "inclusão e diversidade" realmente significa na Cisco, então ela me enviou vários links do site da Cisco. Assim como em nossa conversa, não encontrei uma definição específica, apenas chavões como “a Cisco se compromete a valorizar e incentivar diferentes perspectivas, estilos, pensamentos e ideias”.

Se for esse o caso, então por que não valorizar minhas "perspectivas, estilos, pensamentos e ideias?" Porque somente determinadas perspectivas, estilos, pensamentos e ideias são aprovados, entende? Para as elites corporativas, "inclusão e diversidade" significam, na verdade, exclusão daqueles que não concordam com os pontos de vista aprovados. Ops, lá se vai a "diversidade".

A verdadeira intenção do valor de "inclusão e diversidade" da Cisco não deveria ser o de garantir que pessoas de origens diversas consigam trabalhar juntas de forma cordial e profissional, mesmo quando inevitavelmente discordam de determinadas questões políticas, morais ou religiosas? Parece que sim. Em um ambiente de trabalho multicultural e amplo, é necessário que as pessoas saibam trabalhar juntas mesmo com diferenças políticas ou religiosas. Esse é um objetivo nobre e necessário. No entanto, é totalitário submeter as pessoas a treinamentos sobre "diversidade" e patrocínios corporativos que vão além de ensinar o respeito pelas pessoas e passam a defender o que elas fazem na cama.

Respeito no Trabalho Não Exige Aprovação de Comportamentos

Todos os funcionários devem tratar uns aos outros com gentileza e respeito porque são seres humanos, não por causa de seu comportamento sexual. Se as pessoas devem ser respeitadas simplesmente com base em seu comportamento, então nenhum de nós se qualifica para receber respeito porque todos nós já nos comportamos mal em algumas ocasiões.

Portanto, em vez de tentar forçar todos os funcionários a aceitar qualquer comportamento sexual – especialmente algo tão controverso como a homossexualidade – a política da inclusão e da diversidade deveria estar nos incentivando a tratar todas as pessoas com respeito simplesmente porque somos seres humanos. Isso é tudo o que você precisa para ser produtivo no trabalho.

Inclusão ou Imposição Ideológica nas Empresas?

Mas assim que você começar a dizer às pessoas de diferentes crenças religiosas e culturais o que elas devem pensar sobre a homossexualidade, você ofenderá e criará conflitos e ressentimentos. Como cristão, sou ordenado a respeitar todas as pessoas. Era isso que eu estava fazendo na Cisco. Mas não me diga que tenho de respeitar e celebrar o que as pessoas fazem na cama. Não me diga que devo violar minha consciência ou meu Deus para fabricar equipamentos. Isso não é apenas imoral e antiamericano; é manipulador e estúpido. O que aceitar o comportamento homossexual tem a ver com a produtividade no trabalho? Devemos fazer sexo no trabalho?

Simplesmente não há razão empresarial para julgar minhas crenças sobre comportamento sexual ou as de qualquer outra pessoa. E mesmo que alguma babá corporativa pudesse inventar um motivo, isso não justificaria a agressão à consciência ou à religião de um funcionário.

Valorização da Ideologia em Detrimento da Liberdade Religiosa

Observe que a Cisco não teve problemas com meu comportamento. Meu desempenho no trabalho foi considerado excelente, e eu era "inclusivo e diversificado" ao trabalhar de forma respeitosa com pessoas de todas as visões morais, religiosas e políticas.

Cisco tinha um problema com meus pensamentos. Embora eu certamente aceitasse os homossexuais, cometi o crime de discordar do comportamento homossexual e dos objetivos políticos dos homossexuais. Portanto, apesar de toda a sua conversa sobre "inclusão e diversidade", a Cisco considerou meus pensamentos sobre algo irrelevante para o local de trabalho como motivo para exclusão imediata. Você acha que eles teriam me excluído se eu tivesse pensamentos a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo? Claro que não – essa é uma visão aprovada que a Cisco inclusive patrocina (embora eles neguem).

Mas então quem não aceita o comportamento homossexual não precisa trabalhar na Cisco! É verdade que não. Mas se a Cisco ou qualquer outra empresa quiser exigir que todos os funcionários e fornecedores aceitem pessoalmente o comportamento homossexual ou os objetivos políticos homossexuais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, diga-nos diretamente. Anuncie ao mundo. A Cisco não pode e não o fará porque tal exigência seria uma clara violação das proteções religiosas garantidas na Lei de Direitos Civis e resultaria em um êxodo em massa de funcionários e clientes.

Em vez disso, eles criam uma cultura opressiva do politicamente correto sob a falsa bandeira da "inclusão e diversidade" para atingir os mesmos fins. Eles dizem ao mundo que valorizam e incentivam "perspectivas, estilos, pensamentos e ideias diferentes", enquanto punem ou intimidam até silenciar as pessoas que têm "perspectivas, estilos, pensamentos e ideias diferentes". Embora os executivos da Cisco jamais admitam isso, suas ações revelam esta verdade distorcida: a Cisco valoriza mais o comportamento homossexual do que a honestidade, a liberdade de religião e a liberdade de consciência.

Um Alerta Final: É Hora de Falar

O mesmo acontece em seu local de trabalho? Está cansado de ter que esconder suas crenças conservadoras ou religiosas como se vivesse em um estado totalitário e não nos Estados Unidos? Se você continuar a se acovardar em silêncio diante de uma minoria militante intolerante, a situação só vai piorar. Parafraseando Edmund Burke, "Tudo o que é necessário para que o mal prevaleça é que as pessoas boas não façam nada". É hora de fazer algo – fale.

(Esta coluna foi publicada originalmente no site townhall.com)

Inclusão – O artigo de Frank Turek denuncia a exclusão corporativa disfarçada de inclusão. Ao ser demitido da Cisco por suas crenças sobre comportamento sexual, Turek expõe a incoerência de políticas que afirmam valorizar “perspectivas diferentes”, mas punem visões divergentes das aprovadas. Ele defende que respeito no trabalho deve se basear na dignidade humana, não em comportamentos sexuais ou ideologias. A análise levanta questões cruciais sobre diversidade corporativa, liberdade religiosa e os limites da cultura do cancelamento no ambiente profissional.

Escrito por:

Picture of Frank Turek, PhD.

Frank Turek, PhD.

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