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A Ressurreição: Um Evento de Impacto

Neste artigo, o Dr. Frank Turek explica por que a ressurreição de Jesus Cristo é considerada um verdadeiro “evento de impacto”. Ele destaca como esse acontecimento levou milhares de judeus, inclusive sacerdotes, a abandonar práticas milenares do judaísmo, como o sistema sacrificial, o sábado e o monoteísmo estrito, para adotar crenças e hábitos completamente novos. A mudança repentina e radical só pode ser explicada por um evento transformador — a ressurreição. Com base em evidências bíblicas e fontes históricas não cristãs, o autor argumenta que tamanha transformação cultural e espiritual seria impossível se tudo não passasse de invenção. A introdução do domingo como dia de adoração, o batismo e a ceia como novos símbolos da fé, bem como a disposição de tantos em arriscar a própria vida por essa verdade, apontam para a autenticidade do evento. A ressurreição, segundo Turek, não é apenas um marco religioso, mas um divisor de águas na história humana — um evento que continua impactando vidas até hoje.

O Impacto da Ressurreição nas Tradições Judaicas

Os escritores do Novo Testamento não apenas dizem que Jesus realizou milagres e ressuscitou dos mortos – eles de fato sustentam esse testemunho com ações dramáticas. Primeiro, praticamente da noite para o dia, eles abandonam muitas de suas crenças e práticas sagradas de longa data. Entre as instituições com mais de 1.500 anos que eles deixam para trás estão as seguintes:

O sistema de sacrifícios de animais – eles o substituem para sempre pelo único e perfeito sacrifício de Cristo;

A supremacia obrigatória da Lei de Moisés – eles afirmam que ela é impotente diante da vida sem pecado de Cristo;

O monoteísmo estrito – agora eles adoram Jesus, o Deus-homem, apesar do fato de que:

Sua crença mais preciosa sempre foi: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6:4);

Adorar um homem sempre foi considerado blasfêmia e punível com a morte;

O sábado – eles não o observam mais, embora sempre tenham acreditado que a violação do sábado era punida com a morte (Êxodo 31:14);

A crença em um Messias conquistador – Jesus é o oposto de um Messias conquistador. Ele é um cordeiro sacrificial (pelo menos em sua primeira vinda!).

E não são apenas os escritores do Novo Testamento que fazem isso – milhares de judeus de Jerusalém, incluindo sacerdotes fariseus (Atos 6:7), se convertem ao Cristianismo e se unem aos escritores do Novo Testamento ao abandonar essas crenças e práticas tão arraigadas. Até mesmo referências de antigas fontes não bíblicas atestam esse movimento Judaico que hoje chamamos de Cristianismo. J.P. Moreland nos ajuda a entender a magnitude desses judeus devotos ao renunciarem às suas instituições estabelecidas praticamente da noite para o dia:

“[Os judeus] acreditavam que essas instituições lhes haviam sido confiadas por Deus. Eles acreditavam que abandonar essas instituições seria arriscar suas almas, condenando-as ao inferno após a morte. Agora, um rabino chamado Jesus aparece de uma região de classe baixa. Ele ensina por três anos, reúne seguidores das classes baixa e média, entra em conflito com as autoridades e é crucificado junto com outros trinta mil homens judeus executados nesse período. No entanto, cinco semanas depois de ser crucificado, mais de dez mil judeus o seguem e afirmam que ele é o iniciador de uma nova religião. E veja só: eles estão dispostos a desistir ou alterar todas as cinco instituições sociais que lhes foram ensinadas desde a infância e que são tão importantes do ponto de vista sociológico e teológico… Algo muito grande estava acontecendo.”

Novas Práticas da Fé Cristã Após a Ressurreição

Como explicar essas mudanças monumentais se os escritores do Novo Testamento estavam inventando uma história? Como explicá-las se a Ressurreição não ocorreu? Segundo, esses novos crentes não apenas abandonam suas crenças e práticas de longa data, mas também adotam algumas novas e radicais. Essas incluem:

Domingo, um dia de trabalho, como o novo dia de adoração;

O Batismo como um novo sinal de que a pessoa era participante da Nova Aliança (assim como a circuncisão era um sinal da Antiga Aliança);

A Ceia como um ato de lembrança do sacrifício de Cristo pelos seus pecados.

A Ceia, em especial, é inexplicável a menos que a Ressurreição seja verdadeira. Por que judeus inventariam uma prática onde simbolicamente comem o corpo e bebem o sangue de Jesus?

A Ressurreição como um Evento de Impacto

Somente um "evento de impacto" como a Ressurreição poderia explicar uma mudança tão rápida e monumental no pensamento e na prática judaica. O que é um evento de impacto? Um evento de impacto é algo tão dramático em sua vida que o muda para sempre. É algo que você não consegue esquecer. Para aqueles que têm idade suficiente, onde você estava em 22 de novembro de 1963? Essa é a minha lembrança mais antiga. Embora eu tivesse apenas dois anos de idade, ainda consigo ver minha mãe chorando descontroladamente em frente à TV: "O presidente foi baleado!" Para aqueles um pouco mais jovens, onde você estava quando o Challenger explodiu? Onde você estava quando o segundo avião atingiu a torre?

Por que você consegue se lembrar de onde estava e o que estava fazendo em 11 de setembro de 2001, mas não em 11 de setembro de 2007? Porque um evento de impacto muda tudo. Um evento de impacto conhecido como a ressurreição de Jesus Cristo mudou tudo para milhares de judeus há dois mil anos, e hoje ainda pode mudar você, eu e o resto do mundo. É por isso que ainda comemoramos a Páscoa.

(Se quiser saber mais sobre isso, adquira nosso livro I Don't Have Enough Faith to Be an Atheist [Não tenho fé suficiente para ser ateu]. Parte desta postagem foi adaptada do Capítulo 11).

Ressurreição – A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central do cristianismo e o foco deste artigo de Frank Turek. Ele argumenta que esse evento foi tão poderoso e transformador que levou milhares de judeus a abandonarem práticas religiosas ancestrais, como o sábado e os sacrifícios, e a adotarem novas crenças e rituais. Turek mostra que essas mudanças profundas só podem ser explicadas por um evento real e impactante. O autor também destaca o simbolismo da ceia e a adoção do domingo como novo dia de culto, reforçando que essas transformações não seriam possíveis sem uma forte evidência: a ressurreição. O texto finaliza lembrando que, assim como o 11 de setembro ou outros marcos históricos, a ressurreição foi um divisor de águas — não apenas para os judeus do primeiro século, mas para todos nós, ainda hoje. A ressurreição continua sendo um chamado à fé, à transformação e à esperança em algo que transcende a morte.

Escrito por:

Picture of Frank Turek, PhD.

Frank Turek, PhD.

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