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Quem Criou Deus?

Neste artigo, o Dr. Frank Turek investiga uma questão fundamental da filosofia e da ciência: qual é a origem do Universo? A partir do argumento cosmológico e com base em evidências como a expansão cósmica, a radiação do Big Bang e a Segunda Lei da Termodinâmica, Turek demonstra que o Universo teve um começo e, portanto, exige uma causa. Ele explica por que Deus, sendo eterno e sem início, não necessita de uma causa — ao contrário do Universo, que veio a existir. A análise mostra que a Primeira Causa precisa ser imaterial, atemporal, poderosa, inteligente e pessoal. Essas características coincidem com a descrição teísta de Deus e fornecem uma base racional para acreditar em um Criador. Este texto convida o leitor a considerar seriamente a possibilidade de que a origem do Universo aponta para algo — ou Alguém — além dele mesmo.

Quem Criou Deus?

O texto a seguir foi extraído do livro I Don't Have Enough Faith to Be an Atheist (Eu não tenho fé suficiente para ser ateu), páginas 92-93: À luz de todas as evidências de um início do Universo espaço-tempo, o Iniciador deve estar fora do Universo espaço-tempo. Quando Deus é sugerido como o Iniciador, os ateus são rápidos em fazer a velha pergunta: "Então, quem criou Deus? Se tudo precisa de uma causa, então Deus também precisa de uma causa!"

Como vimos, a Lei da Causalidade é a base da ciência. A ciência é uma busca por causas, e essa busca se baseia em nossa observação constante de que tudo o que tem um começo tem uma causa. De fato, a pergunta "Quem criou Deus?" mostra como levamos a sério a Lei da Causalidade. Toma-se como certo que praticamente tudo precisa de uma causa.

Então, por que Deus não precisa de uma causa? Porque a alegação do ateu não compreende a Lei da Causalidade. A Lei da Causalidade não diz que tudo precisa de uma causa. Ela diz que tudo o que vem a ser precisa de uma causa. Deus não veio a existir. Ninguém criou Deus. Ele não foi feito. Como um ser eterno, Deus não teve um começo, portanto, não precisou de uma causa.

O Universo Teve Um Início: A Causa Primeira é Necessária

"Mas espere", protestará o ateu, "se você pode ter um Deus eterno, então eu posso ter um Universo eterno! Afinal de contas, se o Universo for eterno, então ele não teria uma causa." Sim, é logicamente possível que o Universo seja eterno e, portanto, não tenha tido uma causa. De fato, só existem duas possibilidades: ou o Universo, ou algo fora do Universo, é eterno. (Como é inegável que algo existe hoje, então algo deve ter existido sempre; temos apenas duas opções: o Universo ou algo que causou o Universo).

O problema para o ateu é que, embora seja logicamente possível que o Universo seja eterno, isso não parece ser realmente possível. Pois todas as evidências científicas e filosóficas (como o SURGE – sigla em inglês, que em português corresponde a: Segunda Lei da Termodinâmica, O Universo está em Expansão, Radiação do Big-Bang, Sementes de Grandes Galáxias, A Teoria da Relatividade de Einstein – e também a diminuição da radioatividade e o argumento cosmológico Kalam) nos dizem que o Universo não pode ser eterno. Portanto, ao excluirmos uma das duas opções, ficamos apenas com a outra: algo fora do Universo é eterno.

Quando você vai direto ao ponto, há apenas duas possibilidades para qualquer coisa que exista: ou 1) ela sempre existiu e, portanto, não tem causa, ou 2) ela teve um início e foi causada por outra coisa (não pode ser auto-causada, pois teria que já existir para causar qualquer coisa). De acordo com evidências esmagadoras, o Universo teve um início, portanto, deve ter sido causado por outra coisa – por algo fora dele mesmo. Observe que essa conclusão é consistente com as religiões teístas, mas não se baseia nessas religiões – ela se baseia na boa razão e nas evidências.

As Características da Primeira Causa

Então, como é essa Primeira Causa? Alguém pode pensar que é preciso confiar na Bíblia ou em alguma outra revelação religiosa para responder a essa pergunta, mas, novamente, não precisamos das escrituras de ninguém para descobrir isso. Einstein estava certo quando disse: "A ciência sem religião é manca; a religião sem ciência é cega." A religião pode ser informada e confirmada pela ciência, como é o caso com o Argumento Cosmológico. Ou seja, podemos descobrir algumas características da Primeira Causa apenas com as evidências que discutimos neste capítulo. Somente com base nessas evidências, sabemos que a Primeira Causa deve ser:

Autoexistente, atemporal, não espacial e imaterial (já que a Primeira Causa criou o tempo, o espaço e a matéria, ela deve estar fora do tempo, do espaço e da matéria). Em outras palavras, sem limites, ou infinita);

Inimaginavelmente poderosa, por ter criado o Universo inteiro a partir do nada;

Supremamente inteligente, por ter projetado o Universo com uma precisão tão incrível (veremos mais sobre isso no próximo capítulo);

Pessoal, para escolher converter um estado de nada em um Universo material-espacial-temporal (uma força impessoal não tem a capacidade de fazer escolhas).

O Argumento Cosmológico Aponta Para Deus

Essas características da Primeira Causa são exatamente as características que os teístas atribuem a Deus. Novamente, essas características não se baseiam na religião ou na experiência subjetiva de alguém. Elas foram extraídas das evidências científicas que acabamos de analisar e nos ajudam a ver uma seção extremamente importante da tampa da caixa desse quebra-cabeça que chamamos de vida. (O livro prossegue com a argumentação de que esse é o Deus do Cristianismo).

Origem do Universo – O artigo responde à pergunta “Quem criou Deus?” explorando as implicações filosóficas e científicas do surgimento do Universo. A Lei da Causalidade ensina que tudo que tem um início deve ter uma causa. Deus, por definição, é eterno e sem começo, e por isso não exige uma causa. Já o Universo, com evidências claras de que teve um início, precisa de uma explicação externa. A única conclusão racional, segundo o autor, é a existência de uma Primeira Causa imaterial, poderosa e pessoal. Esse Criador é consistente com a concepção teísta de Deus. O artigo conduz o leitor a refletir sobre como a origem do Universo aponta diretamente para a existência de um Deus eterno.

Escrito por:

Picture of Frank Turek, PhD.

Frank Turek, PhD.

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