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Mãe Age Como Deus e Traz o Bem a Partir do Mal

Neste artigo, Frank Turek compartilha um dos momentos mais impactantes de suas palestras: um debate com um ateu sobre o problema do mal e do sofrimento. Com sabedoria e sensibilidade, Turek responde à clássica objeção ateísta — “Se Deus é bom, por que o mal existe?” — e mostra como o cristianismo oferece uma resposta profunda e esperançosa. Através de histórias reais e exemplos tocantes, incluindo o testemunho de um pastor nascido após um estupro, o autor revela que Deus pode transformar tragédias em redenção. O sofrimento, embora real e muitas vezes incompreensível, não está fora do alcance da providência divina. Este artigo é um convite à reflexão e à fé, mesmo nos momentos mais difíceis da vida.

Por Que Deus Permite o Sofrimento?

É fácil identificar os ateus militantes que participam da minha palestra chamada "Eu Não Tenho Fé Suficiente para Ser Ateu". Normalmente, eles ficam sentados com os braços cruzados e com expressões fechadas. Durante uma apresentação recente na Universidade de Michigan, eu sabia que receberia objeções de um desses estudantes carrancudos que estava sentado à minha direita. Ele parecia bravo – e estava mesmo. (Ele nem ao menos sorriu com um clipe hilário do Homer Simpson!)

Ele levantou a mão durante a sessão de perguntas e respostas e gritou: "Você mencionou o problema do mal durante sua apresentação, mas não o respondeu! Se existe um Deus bom, então por que o mal existe? Por que Deus não o impede?"

O Livre-Arbítrio e o Problema do Mal

Eu disse: "Senhor, essa é uma excelente pergunta. Às vezes, respondo sem rodeios da seguinte forma. ‘Se Deus acabasse com todo o mal, ele poderia começar com você… e por mim, porque nós dois fazemos o mal todos os dias.’ Para acabar com o mal na Terra, Deus teria que tirar nosso livre-arbítrio. Mas se ele tirar nosso livre-arbítrio, também tirará nossa capacidade de amar. Permita-me mostrar-lhe um vídeo que ilustra muito bem isso em menos de dois minutos." Em seguida, exibi um excelente vídeo desenvolvido por meu amigo e colega de seminário, Jim Zangmeister, que relaciona o mal ao livre-arbítrio.

A maioria do público gostou do clipe e aplaudiu, mas o ateu não se comoveu. "Por que bebês morrem, por que ocorrem tsunamis? Isso não é resultado do livre arbítrio!", protestou ele.

"É verdade que eles não são resultado do livre-arbítrio de alguém hoje", expliquei. "Mas o cristianismo atribui todos os nossos problemas a uma escolha de livre arbítrio feita por Adão. Como resultado, vivemos em um mundo caído onde coisas ruins acontecem, mas Deus toma a iniciativa de trazer o bem a partir do mal. Na verdade, é possível resumir toda a Bíblia em uma palavra – redenção. O paraíso perdido em Gênesis é o paraíso reconquistado em Apocalipse. Deus iniciou e realizou essa redenção enviando Jesus Cristo, que sofreu e morreu em nosso favor. Portanto, podemos questionar Deus sobre o sofrimento, como fizeram os escritores bíblicos, mas Deus não se isentou dele. Jesus foi a única pessoa completamente inocente na história do mundo, mas sofreu terrivelmente por nossa redenção. Ele trouxe o bem a partir do mal."

O ateu também não gostou dessa resposta. Interrompeu-me várias vezes, até que finalmente perguntei: "Você é ateu?"

Ele se recusou a responder, mas depois deixou escapar: "Não importa!"

Eu disse: "Importa, sim, porque se você é ateu (mais tarde fiquei sabendo pelo blog dele que ele era), então você não tem base para julgar algo como sendo mal. O mal objetivo não existe a menos que o bem objetivo exista, e o bem objetivo não existe a menos que Deus exista. Você pode ter o bem sem o mal, mas não pode ter o mal sem o bem. Em outras palavras, as sombras provam a existência da luz do sol. Você pode ter luz do sol sem sombras, mas não pode ter sombras sem a luz do sol. Portanto, o mal não refuta Deus – na verdade, ele mostra que deve haver um Deus porque pressupõe o Bem. O mal pode provar que existe um demônio lá fora, mas não prova que Deus não existe."

Deus Pode Trazer Bem do Mal?

O ateu persistiu: "Mas se Deus existe, por que alguns bebês morrem de forma tão horrível?"

Bem, se o ateu está admitindo que Deus existe, então ele tem uma pergunta válida. Embora ele não possa explicar o mal e o sofrimento a partir de sua visão de mundo ateísta, eu preciso explicar a partir da minha.

Minha explicação foi a seguinte: Embora eu saiba por que o mal em geral acontece, não sei por que cada mal específico acontece. Porém, eu sei por que não sei o porquê: porque sou finito e não posso ver o futuro. Como Deus é infinito e pode ver toda a eternidade, ele pode permitir eventos malignos que, no final das contas, colaboram para o bem. Em outras palavras, Ele ainda pode trazer o bem a partir do mal, mesmo que não consigamos ver como.

Para ilustrar, eu me referi ao clássico filme de Natal "A Felicidade Não Se Compra" (It’s a Wonderful Life). Nesse filme, George Bailey, interpretado por Jimmy Stewart, passa por momentos difíceis, fica desanimado e tenta cometer suicídio. Ele é salvo por um anjo e tem permissão para ver como seria a vida em sua cidade se ele nunca tivesse existido. George vê que tudo teria sido muito pior sem ele e, assim, percebe que, embora o mal esteja presente na vida, o bem pode prevalecer no final. George só poderia ver isso com a perspectiva atemporal de Deus. Só Deus consegue enxergar como trilhões de escolhas e eventos livres podem, em última análise, interagir para o bem, mesmo que alguns pareçam desesperadoramente negativos no momento. (De fato, essa é uma das razões pelas quais Deus disse a Jó para confiar nele).

Uma Mãe Que Agiu Como Deus: Uma História de Redenção

Nesse momento, um homem sentado a uns três metros do ateu levantou a mão.

"Pode falar, senhor."

Ele primeiro olhou para o ateu, depois de volta para mim, e disse: "Conheço uma jovem que foi estuprada e ficou grávida. O estupro quase a destruiu". Sua voz começou a embargar… "Mas ela decidiu que não iria punir o bebê pelo pecado do pai. Mais tarde, ela deu à luz um menino". (A essa altura, ele estava chorando abertamente.) "E esse menino cresceu e se tornou um pastor que Deus usou para ajudar a trazer muitas pessoas a Cristo. Ele ministra às pessoas até hoje. Esse menino sou eu."

Ele então olhou de volta para o ateu e disse: "Minha mãe transformou o mal em bem, e Deus também pode fazer isso."

O ateu saiu imediatamente após o fim do evento, mas eu consegui conhecer aquele pastor corajoso que se manifestou. Seu nome é Gary Bingham e ele é o pastor da Hillside Wesleyan Church em Marion, Indiana. Gary me contou que sua mãe teve problemas de autoestima por muitos anos, mas está bem melhor desde que se tornou cristã há alguns anos. Eu o agradeci e pedi que dissesse à sua mãe que ela tocou muitas pessoas para o bem naquela noite. Espero que, por meio desta coluna, ela tenha tocado muitas outras hoje.

Deus e o Sofrimento – Neste artigo, Frank Turek apresenta uma poderosa defesa cristã diante da dor e do mal no mundo. A partir de um intenso diálogo com um estudante ateu e do emocionante testemunho de um pastor, Turek demonstra que o sofrimento não é prova da ausência de Deus, mas pode ser parte do Seu plano redentor. Ele argumenta que, embora não possamos compreender todos os eventos dolorosos, Deus, com Sua visão eterna, pode usar até mesmo o mal para produzir o bem. Com referências à Bíblia, ao livre-arbítrio e à redenção, o autor reforça que a dor pode ter propósito e que Deus continua agindo em meio às tragédias. O artigo termina com uma mensagem de esperança, fé e transformação através da providência divina.

Escrito por:

Picture of Frank Turek, PhD.

Frank Turek, PhD.

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