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O Poder das Palavras: Mais do que uma Geradora de Ruído – Shanda Fulbright

O Poder das Palavras: Mais do que uma Geradora de Ruído

Como saber se você é mais do que uma geradora de ruído? Às vezes, você só descobre quando é testada. E, olha, eu fui testada na semana passada. É nos testes que percebemos o poder das nossas palavras… para o bem ou para o mal.

Adoro as quartas-feiras durante o ano letivo. Meus dois filhos do ensino médio começam as aulas mais tarde e o meu caçula sai mais cedo. Por causa disso, conseguimos transformar as quartas-feiras em encontros para o café da manhã e o almoço.

Na semana passada, fui buscar meu filho mais novo e fomos almoçar. Ele falou sobre futebol, sobre a quantidade de lição de casa que tinha e sobre como estava feliz por a escola ter acabado por aquele dia.

E então ele pediu para encher novamente o copo.

A regra fundamental

Deixe-me explicar rapidamente por que essa parte é importante. Veja bem, há cerca de dezoito meses, meu marido me comprou um carro novo. E minha regra fundamental era que meus filhos não comessem nem bebessem no meu carro novo.

Mas, com o tempo, por uma questão de conveniência (mães com filhos, vocês sabem do que estou falando), comecei a flexibilizar a regra.

Começou com água. “Tudo bem, vocês podem beber água, mas só isso!”

Depois passou a ser água e comer com uma toalha sobre o colo: “Desde que a toalha fique sobre as pernas e vocês comam diretamente sobre ela, podem comer no carro”.

E, aos poucos, as embalagens começaram a se acumular. Montanhas de meias cobriam o chão do meu lindo carro novo. Eu via migalhas e meu rosto começava a esquentar e meu coração acelerava.

Mas hoje… dia do encontro… já era tarde demais. Não havia água. Os dias de cobrir as pernas com toalhas ficaram para trás e tão distantes que não podíamos voltar atrás.

Não adianta chorar pelo refrigerante derramado

Então, ele encheu o copo com refrigerante e caminhou alegremente até meu carro.

Ao entrar, ele se esticou para pegar meu celular e eu fechei a porta. Apertei o botão de ignição para ligar o carro e, antes que o rugido do motor chegasse aos meus ouvidos, o som do gelo e do refrigerante espirrando por todo o banco da frente me atingiu primeiro.

Brody estava encharcado, o banco estava encharcado e o refrigerante continuava se escorrendo e pingando no chão.

Eu não sabia o que fazer. Obviamente, não tínhamos toalhas no carro!

Silêncio

Eu podia sentir minha raiva queimando dentro de mim. Eu queria gritar e berrar e dizer coisas como: “Você conhece as regras! Por que você não segurou sua bebida? Você é tão desastrado!”

Mas não fiz isso. Inclinei a cabeça para trás e respirei fundo algumas vezes. Brody tirou a camisa e começou a limpar a bagunça, e eu encontrei um moletom no porta-malas.

Eu estava com tanta raiva que sabia que, se abrisse a boca, nada de bom sairia dela. “A mamãe não pode falar agora. Só preciso dirigir até nossa casa e vamos resolver o resto mais tarde.”

Ficamos em silêncio durante todo o caminho para casa, mas eu clamei a Deus. Eu sabia que minha raiva era exagerada por causa de um refrigerante derramado. Claro, era frustrante. Mas os sentimentos de Brody eram mais importantes para mim e eu não queria dizer um monte de coisas que o magoariam ou repreendê-lo por causa de um acidente.

Então, orei e fiquei calada. Brody limpou a bagunça e não há nenhum vestígio do refrigerante no meu carro.

Fonte de Poder

Aqui está o que precisamos entender sobre nossas palavras: elas têm poder. Mas você sabe por quê? As pessoas que usam palavras para rebaixar os outros fazem isso porque se sentem poderosas. Elas sabem que suas palavras vão minar a autoconfiança da outra pessoa.

E é aí que a emoção engana. Sentimos que temos o direito de gritar, dizer coisas maldosas ou rebaixar a outra pessoa por causa da nossa emoção. É por isso que eu sabia que precisava parar de falar. Minha raiva estava muito forte e eu NÃO queria dizer nada que magoasse meu filho.

Provérbios 14:1 diz: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a mulher tola a destrói com as próprias mãos”.

Já houve momentos em que você foi tola e sábia? Eu já. Já disse coisas que não queria dizer (em Reflexões de Eva, você vai ouvir tudo sobre algumas coisas que disse ao meu marido e gostaria de poder voltar atrás).

Uma diferença entre a tola e a sábia são as palavras que falamos. Se as palavras que falamos edificam aqueles em nossa casa, somos sábias. Mas se elas destroem, estamos agindo de maneira tola.

Vou compartilhar algumas dicas para ajudá-la a permanecer do lado da sabedoria em suas palavras.

3 dicas para falar com sabedoria

Não deixe sua boca se antecipar aos seus pensamentos.

Não há nada mais perigoso em nossa fala do que vomitar palavras. Isso significa que estamos vomitando palavras e perdemos a consciência do poder que nossas palavras têm sobre quem as ouve.

Tiago 1:19 diz: “Todos devem ser rápidos para ouvir, lentos para falar e lentos para se irritar”.

Rápido para ouvir? Ouvir quem? O Espírito dentro de você. E, às vezes, sua própria consciência. Não podemos ser guiados por nossas emoções. Eu sabia que minha atitude não estava correta para corrigir Brody naquele momento e lidar com a situação. A consciência de que minhas emoções estavam muito fortes era evidente, e eu me permiti acalmar.

Eu também sabia que minha raiva não era necessária. Eu estava muito frustrada com um acidente. Palavras não eram sábias naquele momento.

Estabeleça um padrão para suas palavras

Se os pensamentos que temos não edificam a outra pessoa, não devemos expressá-los. Agora, não vamos confundir correção com palavras que destroem. A correção edifica, desde que seja feita com amor e com a intenção de aperfeiçoar a outra pessoa.

Efésios 4:29 diz: “Não saia da boca de vocês nenhuma palavra suja, mas unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.”

Nossas palavras devem beneficiar quem as ouve. Eu precisava limpar meu carro, mas Brody precisava de compreensão quando cometeu um erro. Para ser uma mulher sábia que edifica, devo lembrar que minhas palavras devem beneficiar aqueles que as ouvem; não para conseguir o que quero ou para satisfazer uma emoção que obscurece meu julgamento no momento.

O amor deve guiar a conversa

1 Coríntios 13 é o capítulo do AMOR. Eu costumava pensar que ele se referia apenas às pessoas que se casavam, porque era quando eu mais ouvia falar dele. Mas ele se refere a qualquer tipo de amor em nossos relacionamentos.

1 Coríntios 13:1 diz: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” Basicamente, se nossas palavras não forem motivadas pelo amor, seremos meros geradores de ruídos. Não sei quanto a você, mas eu quero ser mais do que uma geradora de ruído. Quero edificar os outros.

Desafio

Quero desafiá-la hoje a colocar essas dicas em prática. Pense antes de falar e não deixe que suas emoções obscureçam seu julgamento. O arrependimento é uma emoção que você não quer experimentar pelas palavras que nunca poderá retirar.

Nossas palavras têm um lugar de nascimento… nossos corações. E nossa fala nunca mudará sem o poder transformador do Espírito Santo. As palavras de amor e altruísmo serão o fruto (evidência) de Deus agindo em nós.

Portanto, minha amiga, lembre-se de que, para outra pessoa, suas palavras têm muito poder. O que você fará com esse tipo de poder? Você será conhecida como uma mulher sábia que constrói sua casa? Eu acredito em você!

Escrito por:

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Shanda Fulbright

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